Os objetivos principais do projeto foram: a prática de leituras de diferentes gêneros da literatura africana como lendas e contos na escola; o incentivo a escrita e reescrita de textos; e apresentar a diversidade cultural do continente africano.
Nas aulas de Leitura e interpretação de texto, apresentamos aos alunos dos 6ºs anos todas as etapas do projeto. Após essa conversa, iniciamos os trabalhos com a apresentação de um painel feito no ano de 2010, com os alunos do 9º ano. Através deste painel, resgatamos informações importantes sobre a cultura africana antes da colonização. Mostramos aos alunos que o homem africano, muito antes do europeu, dominava técnicas de cesariana, da mumificação de corpos, da drenagem de pântanos, bem como o uso de instrumentos de ferro nas práticas agrícolas. Falamos também que o Brasil beneficiou-se dos conhecimentos agrícolas dos africanos durante o período colonial e também que nossa cultura foi extremamente enriquecida com a chegada dos africanos. Os alunos aprenderam com isso, a ver homem africano com mais respeito e valorizá-lo ainda mais.
Na etapa seguinte, pedi que os alunos fizessem o mapa do continente africano para que percebessem quão gigantesco ele é. Conversamos então, sobre os países africanos que, assim como o Brasil, falam português. Apresentei algumas palavras do nosso cotidiano e que são de origem africana como: moleque, bagunça, fubá, dentre outras.
Utilizando-me dos dados contidos da revista Ciências Hoje, nº 168, elaborei pequenos resumos sobre as paisagens, as religiões, os desertos do continente africano, incluindo o Rio Nilo, para que anotassem no caderno. Em seguida, pedi para os alunos fazerem maquetes. Eles realizaram ótimos trabalhos.
Na sequência do projeto, li os contos do livro Três Contos Africanos de Adivinhação de Rogério Andrade de Barbosa. A aceitação foi muito boa. Após as leituras, os alunos tentavam solucionar os enigmas apresentados. Pedi que entregassem a reescrita de dois dos contos. Selecionei algumas produções e os apresentei para que fizéssemos a correção coletiva. A atividade foi muito produtiva. Percebi, a partir daí, um maior cuidado por parte das crianças com sua escrita. Perguntavam durante as atividades como tal palavra era escrita, ou se naquele local deveria ser parágrafos, ou não. Foi maravilhoso!
Após todo esse percurso, pedi que pesquisassem na sala de leitura da escola ou na internet contos africanos, que fizessem a sua reescrita e as apresentassem em forma de seminário. A maior parte dos alunos apresentou seus contos sem ler os texto. Foi gratificante!
Como última etapa, sugeri que fizessem máscaras. Li alguns textos informativos sobre a importância das máscaras para os povos da África. Os cuidados que eles têm no corte de árvores ou na coleta da argila que será usada no fabrico desses adereços usados em rituais de cura ou no culto aos mortos.
Utilizando-me de jornais, água, farinha de trigo e vinagre, ensinei as turmas como fazerem as máscaras para exporem para a comunidade escolar, juntamente com as reescritas.
Nesse meio tempo, a professora Zilda, responsável pela sala de leitura, também trabalhava o mesmo projeto, em parceria com o projeto Superação Jovem.
Os alunos leram contos africanos, utilizando-se das obras compradas com a verba enviada pela PRODESC. Também, sob a supervisão da professora Zilda, foram ensaiados e apresentados para os alunos das demais séries, o teatro de sombras baseado no conto Mutelembe eNgungado livro Contos Populares de Angola, bem como o teatro de fantoches com o conto A princesa que não falava, do livro Erinlé,O Caçador e outros contos Africanos.
Agradecemos a todos os alunos que participaram conosco desse projeto!
Professoras Zilda e Juciara.
Agradecemos a todos os alunos que participaram conosco desse projeto!
Professoras Zilda e Juciara.
Professora Juciara, parabéns pelo projeto.Você está sempre buscando novos métodos de aprendizagem para seus alunos.São profissionais como você que fazem à diferença.
ResponderExcluirZilda